A trajetória da escrita de José Sarney é marcada pelo passeio por diferentes gêneros literários: poesias, ensaios, contos, romances, além de um grande acervo de discursos memoráveis proferidos na sua atuação na vida pública, marcam a sua bibliografia.
Em 1953, já lançara ensaios sobre a pesca na Ilha e Curupu, mas o primeiro livro, intitulado A Canção Inicial, foi lançado em 1954, sendo dividido em três partes: As canções; As Baladas e Outros Poemas e demonstra uma verve da escrita afinada com as mudanças estéticas e uma entrega visceral para seu ofício de escritor. Nas palavras de José Chagas, a obra veio para dizer o quanto era necessária a existência de uma nova canção para a sua geração. “Uma nova perspectiva de mundo, naqueles idos, se abria aos olhos espantados dos jovens, e Sarney, principalmente, haveria de situar-se entre sua visão estética e sua proposta ideológica, estabelecendo conexões que seriam difíceis para qualquer outro, mas de que ele se mostrou capaz, logo de início”, escreveu no prefácio da segunda edição do livro, lançada em 2001.
Na poesia, ainda vieram outras obras clássicas como Os Maribondos de Fogo (1978) e Saudades Mortas (2002). Nos contos, destaque como Norte das Águas (1969). Já na categoria de romance estão dois grandes clássicos da literatura brasileira: O Dono do Mar (1995) e Saraminda (2000), os livros atravessaram as fronteiras nacionais e ganharam várias traduções internacionais.